Deixem-me desde já dizer que o meu propósito de escrever uma critica de um jogo consiste em ser tão imparcial quanto possível. E isso é porque há dois tipos de pessoas: há aqueles para quem este texto será a primeira introdução ao jogo; e depois há aqueles para quem o jogo representa possivelmente um tesouro guardado nas suas memórias do passado, com muitas horas perdidas a explorar os pequenos pormenores do jogo, a descobrir a praticar até se tornarem mestres nos caminhos subtis do jogo.
Contra o que escrevi no paragrafo anterior, devo de dizer que, para Battle Wrath, levanto um sinal de aviso para as pessoas do primeiro tipo e um lamento para as do segundo. Apesar ter tentado o meu melhor, não consegui encontrar quase nada de que tivesse gostado neste jogo. É mais uma prova de um conceito que falhou, mas em vez de deitarem o projecto para o caixote do lixo, eles tentaram "lavar-lhe a cara" e vende-lo como "shareware". Eu ficaria surpreendido se eles alguma vez conseguiram vender uma única cópia.
Battle Wrath tem o que pode ser chamado de um sistema de combate inovador. Vocês carregam na tecla de ataque e mantêm-na pressionada e depois de o vosso ataque ter tido tempo para "carregar", vocês pressionam numa das teclas de direcção para o libertarem. Como consequência, as vossas teclas de movimento, uma vez que são precisas para completar o ataque, não permitem combinações tipo "esquerda" e "cima" ao mesmo tempo. Há uma outra tecla para isso. A maioria das vezes, este novo e excitante método de ataque resultará simultaneamente em serem atingidos enquanto esperam que o vosso ataque "carregue" e em darem tempo ao vosso adversário para que ele se desvie do caminho. Escusado será dizer que, eu pessoalmente, perdi todos os "rounds" que combati e não encontrei muito interesse em manejar o inter face "desajeitado" para tentar melhorar o meu desempenho.
O jogo tem a falta de qualquer tipo de história estruturada. De facto, tem tanta falta de estrutura do que quer que seja que persistir em jogá-lo torna-se uma prova de persistência. Em vez de um sistema de combate comum, terão de definir cada combate escolhendo quem combate contra quem. Se ficaram confusos, isso é porque eu acho que isso tem um pouco de "charme". Eu achei este nível de dualidade na interacção dos personagens muito perturbante. Não se têm apenas os personagens lutadores, mas têm-se também os personagens jogáveis, um que vocês fazem evoluir e vários outros níveis de IA (Inteligência Artificial). Para ganharem um nível, têm de pôr o vosso personagem (e o vosso lutador) a combater contra outro personagem (e lutador) de um nível próximo do vosso para começarem um “sanctioned fight” (combate sancionado). Se ganharem, ganham um nível e começam a ser espancador pelo computador.
Se ainda estiverem determinados a experimentar este jogo, ele vem com um ficheiro de texto que explica o estilo de combates, os ajustes do teclado e os movimentos para cada lutador. E vou fazer esta menção para os que são mais tolos e saltam de "cabeça" para o jogo sem saberem que as teclas de movimento para o primeiro jogador se localizam à volta do "F" e que as teclas "A" e "Z" são as teclas de ataque. Se vocês são daqueles que gostam de usar o Numpad, então joguem com o segundo jogador (player 2).
Este jogo desapontou-me muito rapidamente e nunca mais foi capaz de contrariar esse efeito. Eu normalmente não gosto de ser tão desmoralizador mas vou atribuir a este jogo uma nota de 1 e não vou pedir desculpas por isso.